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Compreender os textos Bíblicos não é tarefa fácil, e se torna praticamente impossível se não levarmos em conta os aspectos histórico-culturais e os costumes da época em que cada leitura se passa. Há muitas mensagens escritas que se apóiam nestes aspectos, além de leis específicas, metáforas temporais, problemas de tradução e até mesmo estilos usados pelos autores de cada livro, e quais elementos (ou mesmo objetivos) queriam enfatizar em seus textos.

CONDIÇÕES HISTÓRICO-CULTURAIS E COSTUMES DA ÉPOCA DAS PASSAGENS BÍBLICAS

LEITURAS DA SEMANA

REUNIÃO DO DIA 12 DE MAIO DE 2022

Antes de cada reunião semanal, colocaremos nesta página informações úteis, sobre cada leitura, para nos ajudar nesta "viagem no tempo" e, assim, com o auxílio do Espírito Santo de Deus, entendermos as mensagens com este pano de fundo histórico e, finalmente, podermos transportá-las aos nossos dias e às nossas circunstâncias de hoje.

1ª Leitura:  Leitura do Livro do Atos dos Apóstolos   (At 14: 21b-27)

2ª Leitura: Leitura do Livro do Apocalipse de São João (Ap 21: 1-5a)

Evangelho: segundo João (Jo 13: 31-33a, 34-35)

Ref. Domingo 15/05/2022 - 5º Domingo da Páscoa

Vimos, no passado domingo, como o entusiasmo missionário da comunidade cristã de Antioquia  da Síria lançou Paulo e Barnabé  para a missão  e como a Boa Nova de Jesus alcançou, assim, a ilha de Chipre e as costas da Ásia Menor…A leitura de hoje apresenta-nos  a conclusão  dessa primeira  viagem missionária de Paulo e de Barnabé: depois de chegarem a Derbe, voltaram e visitaram as comunidades  recentemente  fundadas  (Listra, Icônio,  Antioquía  da  Pisídia  e  Perge) e embarcaram  de  regresso  à  cidade  de  onde tinham  partido  para  a  missão.  Estes fatos aconteceram entre os anos 46 e 49.

Depois de descrever o confronto entre Deus e as forças do mal e a vitória final de Deus, o autor do “Apocalipse” apresenta o ponto de chegada da história humana: a “nova  terra  e  o  novo  céu”;  aí,  os  que  se  mantiveram  fiéis  ao “cordeiro”  (Jesus) encontrarão a vida em plenitude. É o culminar da caminhada da humanidade, a meta última da nossa história. Esse mundo novo é, simbolicamente, apresentado em dois momentos (Ap 21: 1-8 e 21: 9-22: 5).

A leitura que hoje nos é proposta apresenta-nos o primeiro desses quadros (o outro ficará para o próximo domingo). É o quadro do novo céu e da nova terra – um quadro que apresenta a última fase da obra regeneradora de Deus e que aparece já em Is 65: 17 e em Is 66: 22. Também se encontra esta imagem abundantemente representada  na literatura apocalíptica (Enoch, 45: 4-5; 91: 16; 4 e Esd 7: 75), bem como em certos textos do Novo Testamento (Mt 19: 28; 2Pe 3: 13).

Estamos na fase final da caminhada histórica do Messias. Aproxima-se a “Hora”, o momento em que vai nascer – a partir do testemunho do amor total cumprido na cruz – o Homem Novo e a nova comunidade. O contexto em que este trecho nos coloca é o de uma ceia, na qual Jesus Se despede dos discípulos e lhes deixa as últimas recomendações. Jesus acabou de lavar os pés aos discípulos e de anunciar à comunidade desconcertada a traição de um do grupo;

Nesses quadros, está presente o seu amor (que se faz serviço simples e humilde no episódio da lavagem dos pés e que se faz amor que não julga, que não condena,  que não limita a liberdade e que se dirige até ao inimigo mortal, na referência a Judas, o traidor). Em seguida, Jesus vai dirigir aos discípulos palavras de despedida; essas suas palavras – resumo coerente de uma vida feita de amor e partilha – soam a testamento final. Trata-se de um momento muito solene em que não há tempo nem disposição para “conversa fiada”: aproxima-se o fim e é preciso  recordar  aos discípulos  aquilo  que é mesmo  fundamental  na proposta cristã.

Finalmente, nos é apresentado “o cordeiro” (Jesus), aquele que detém a totalidade do poder (“sete chifres”) e do conhecimento (“sete olhos”); só ele é digno de ler o livro (ou seja, de revelar, de proclamar, de concretizar para os homens o projeto divino de salvação).